terça-feira, 9 de dezembro de 2014

16 novos Diáconos Permanentes para a Arquidiocese do Rio de Janeiro

No último dia 6 de dezembro de 2014, o Cardeal Orani João Tempesta ordenou para a Igreja do Rio de Janeiro, 16 novos Diáconos Permanentes. Após um período de 5 anos de formação, a Igreja recebe homens “de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria” (cf. At 6,3).
Ordenados para serem sinal da Igreja ministerial, dentro da dupla sacramentalidade que lhes é própria, Matrimônio e Ordem, são ministros ordinários do Batismo, do Matrimônio e da Comunhão. Exercem as mais variadas atividades pastorais. São homens de fronteira. Do altar recebem graça necessária para a vivência pastoral e ministerial. Homens de oração, devem rezar a Liturgia das Horas pelo povo (e com o povo,  quando possível).
Entenda um pouco mais sobre o Diaconato Permanente.
Bispos, padres, Diáconos e leigos compõem a Igreja Católica Apostólica Romana. Os diáconos foram instituídos para o serviço das mesas, enquanto os apóstolos ficariam responsáveis pelas orações e pregação (cf.At 6). Entretanto, desde a sua instituição, eles partiram em missão anunciando a Palavra de Deus.
O Concílio Ecumênico do Vaticano II restaurou o diaconato como grau Permanente da Ordem, sendo permitido a homens casados. Desde então, o episcopado vem refletindo sobre o que esperam dos Diáconos Permanentes na Igreja. Assim, nas várias assembleias episcopais latino-americana e nas conferências episcopais locais, documentos foram emitidos orientando sobre a instituição do Diaconato Permanente. Por outro lado, foi-se dando uma caracterização ao diácono.
Pelo direito, ele é ministro ordinário do Batismo e do Matrimônio, e da Sagrada Comunhão. É inerente ao diácono acompanhar os funerais. Dar bênçãos, inclusive com o Santíssimo Sacramento. Serve aos bispos e presbíteros no altar.
O Documento de Aparecida destaca que os Diáconos Permanentes “são ordenados para o Serviço da Palavra, da caridade e da liturgia”. Acrescenta que devem “acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e culturais, onde ordinariamente não se chega a ação evangelizadora da Igreja” (DocAp 205). E conclui afirmando que os bispos esperam que os diáconos deem “testemunho evangélico e impulso missionário para que sejam apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, em suas comunidades e nas novas fronteiras de missão”. (DocAp 208).
Na oração consecratória (de ordenação), o bispo invoca o Espírito Santo para que fortaleça o diácono com “os sete dons” de sua graça, “a fim de que exerçam com fidelidade o seu ministério”. E que “resplandeçam neles as virtudes evangélicas: o amor sincero, a solicitude para com os enfermos e os pobres, a autoridade discreta, a simplicidade de coração e uma vida segundo o Espírito”.
Ao diácono é entregue o livro dos Evangelhos, ao qual deverá conformar a sua vida, anunciando-o com fidelidade e profunda autenticidade. Diz o bispo: “Recebe o Evangelho de Cristo, do qual foste constituído mensageiro; transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e procura realizar o que ensinares”.
O diácono é a personificação de Cristo servo. E é a visibilidade da Igreja ministerial. Assim, diz Santo Inácio de Antioquia aos Tralianos: “Da mesma forma, todos respeitem os diáconos como a Jesus Cristo, e também ao bispo, que é a imagem do Pai, e os presbíteros como à assembleia dos apóstolos. Sem eles, não se pode falar de Igreja”.
A Igreja do Brasil espera que assumam a “opção preferencial pelos pobres, marginalizados e excluídos”. Convoca-os a serem “apóstolos da caridade com os pobres, envolvidos com a conquista de sua dignidade e de seus direitos econômicos, políticos e sociais”. Devem “deixar-se tocar e sensibilizar pela miséria e pelas provações da vida” (CNBB – 100, nº 58).
Feliz a paróquia que tem em seu meio um Diácono Permanente!
São estes os ordenados de 2014.
Alcides Martins – Sto Antônio dos Pobres
Aury Silva – Sant’Ana (Campo Grande)
Bernardo Tura – Cristo Redentor
Claudio Nunes – Sta Therezinha do Menino Jesus (Campo Grande)
Custodio Melo – São Vicente de Paulo
Henrique Gonçalves – Imaculada Conceição (Recreio)
João Paulo Carvalho – Santa Therezinha do Menino Jesus (Campo Grande)
Jorge Alex da Cruz – São Brás
José Vaz – N. Sra. da Cabeça
Leonardo Souza – Divino Espírito Santo e São João Batista
Marcelo Pulcherio – São Brás
Marco Aurélio Azevedo – N. Sra. de Fátima (Marechal Hermes)
Mário Higashi – N. Sra. da Cabeça
Roberto dos Santos – Santa Edwiges

Paulo Cravo – Sagrado Coração de Jesus (Glória)


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